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Retrato de Corte

Consta n’algum livro de autoria desconhecida incumbido de narrar a história, já há algum tempo incélebre, de um ilustre membro da corte inglesa durante o século XVII, que o tal cavalheiro contratara um renomado mestre da pintura flandrina para compor-lhe um retrato. E, porque fosse muito feio, pediu-lhe o contratante que retratasse a imagem de sua glória, a despeito das imperfeições que o tempo havia cunhado ou que a genética lho tivesse imposto, corrigindo sobre a tela as marcas de sua fealdade, de modo que na representação cumprida figurasse a aparência de um belo homem. Aliás, não há muito algum espirituoso autor houve publicado um artigo, menos de valor histórico que anedótico – justiça seja feita -, onde se refere a esta mesma história do livro aqui em nota como fosse a primeira cirurgia plástica narrada e de alguma forma documentada pela pintura. E cita esta passagem em que declara o aristocrata da história: “Que Deus tenha-me atado a este fardo, que me tenha esculpido e